quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Acessibilidade e Inclusão



Para a acessibilidade acontecer de fato necessitamos de:

Desenho universal: sete tipos, os quais são: igualitário, adaptável, óbvio, conhecido, seguro, sem esforço e abrangente.


A lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 estabelece critérios básicos de acessibilidade: arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal.

Acredito que a acessibilidade programática é a que está mais acessível, pois a lei no papel já está a favor dos deficientes, porém na pratica, ou seja, a acessibilidade atitudinal é um grande problema, pois o preconceito ainda impera na sociedade brasileira, a comunidade surda sente na pele essa falta de acessibilidade. 

A Língua de Sinais Brasileira foi reconhecida pela lei 10.436/02 e oficializada pelo decreto 5.626 de 2005,  embora no papel oficializada e reconhecida  falta o conhecimento da sociedade que ainda pensa que os surdos se comunicam por gestos, mímica e que a Libras é inferior ao português, muitas famílias proíbem seus filhos de sinalizarem considerando que eles fazem gestos de macaco.

 Aqui no IF tantos alunos e servidores me perguntam, mas a LIBRAS é universal? Afirmam que os Surdos são Mudos e que a Língua de sinais é linguagem e não Língua.  O próprio nome já diz Língua de sinais (e não Linguagem) Brasileira significa que os sinais pertencem ao país Brasil, os outros países casa um tem a sua própria língua de sinais. 

Muitos  já estudando Língua de sinais em ainda se espantam quando descobrem que no Brasil existe variações linguísticas da Libras.  Se percebe que ainda existe a cultura que a língua de sinais é simples  acreditam-se que com apenas alguns gestos no curso de trinta horas/aulas é possível aprender todos os sinais (ser fluente) e compreender a gramática da Libras, e se frustram quando descobrem que é impossível se formar em interpretes de Libras em pouco tempo.


Esta semana assisti um vídeo em Libras de um ex-aluno do sétimo ano de uma escola bilíngue para surdos de São Paulo onde ele conta que duas mulheres estavam conversando e o assunto Língua de Sinai e elas intitulava de língua dos surdos, feia, inferior, sem qualidade, língua de macaco, língua das pessoas mudas e que dava nojo de ver, mais tarde uma dessas mulheres teve um filho surdo e veio a se arrepender por ter falado o que não devia. Esta historia foi contada a ele (surdo) por pessoas que também são surdas e que pertencem a sua família. Não sei se essa história é real ou inventada mas esse aluno tão jovem já compreende o preconceito e a ignorância da sociedade. 


A falta de conhecimento ou até mesmo o pré-conceito faz que a comunidade surda se sinta excluída da sociedade.


hashtag #PraCegoVer:  Três fotos de um garoto branco magro, de boné preto, camiseta branca com um letra K no lado direto do peito, pela aparência tem aproximadamente uns 14 anos, sinalizando em língua de sinais brasileira, foto 01: o sinal em Libras FEIO, fotos 02 e 03 o sinal de MACACO.
Retirei essas fotos de uma filmagem da minha pagina do facebook. (foto autorizada)

Se não tivéssemos voz nem língua e ainda sim quiséssemos expressar coisas uns aos outros, não deveríamos, como aqueles que ora são mudos, esforçar-nos para transmitir o que desejássemos dizer com as mãos, a cabeça e outras partes do corpo?
Comentário de Sócrates no Crátilo de Platão

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